segunda-feira, 23 de março de 2015

Diário de Viagem: BUENOS AIRES - dias 3 e 4

Como eu contei, na sexta os meninos da casa em que eu estava hospedada foram na balada e eu apenas dormi. Vi eles chegando, de manhãzinha, e aproveitamos pra um sábado de preguiça. Na verdade, eles ainda meios de ressaca, hahaha e eu com tanto frio, que não conseguia pensar na possibilidade de cruzar a porta de entrada do prédio. Aproveitei pra escrever algumas coisas para o meu TCC, pesquisar outras na internet e aproveitar a mudança nada repentina o friozinho de Buenos Aires. Pedimos mais das empanadas maravilhosas e comecei a ver um filme com o Germano, à noite. Mas o frio é tão bom pra dormir...

Hoje, por outro lado, foi dia de mudança! Já que meus contatos aqui tão super meio incertos, e essa não ser uma viagem perdida, afinal o foco ainda é a minha monografia, aproveitei pra conversar com o Germano que compartilhou uma baita experiência comigo. Arrumei minhas coisas e, FINALMENTE!!!!!!!! vim pro hostel! É claro que seria fácil demais eu chegar aqui e dar tudo certo, apesar de já ter deixado pago, masss, apesar de uma pequena confusão no sistema, deu tudo certo e finalmente me encontro aqui na cama quentinha e gostosa.

Eu realmente tinha essa impressão de que as pessoas iam pro hostel pra passar perrengue. Que a cama era ruim, o banheiro sujo e uma bagunça 24 horas. Uma das meninas que divide o quarto comigo é brasileira e já se hospedou em outros albergues e me deu uma outra visão de tudo. Ela contou que antes de vir pro Art Factory, ela tava em um outro, na Recoleta, com muito mais gringos e, na verdade, bem superior a esse. Contou que fez várias amizades e que, diferente do que falam pra gente, hostel não é sinônimo de muvuca e desorganização!

Pra exemplificar um pouquinho mais do que eu to falando: as meninas da recepção não apenas tentaram em ajudar ao máximo, como quando resolvi ir no Ateneo (aquela livraria famosa, maior da América Latina e tals), ela me disse que era melhor eu ir de ônibus e me emprestou o que seria o equivalente ao Bilhete Único daqui (o SUBE) dela! Tinha crédito suficiente apenas pra eu ir, mas achei um baita gesto legal, principalmente porque ela pediu pra eu voltar antes das 23h, do contrário ela não conseguiria ir pra casa.

Sempre falaram dessa livraria pra mim e eu só conhecia a da Calle Florida, e confesso que fiquei um pouco decepcionada. Achei que ela parece ser maior por vídeos e fotos, e tive a impressão de que a nossa Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, é bem maior! Ainda assim, conta uma arquitetura belíssima e vale a visita! O maior importante é que não apenas achei o livro que eu havia encomendado na Livraria Cultura e após 10 semanas me falaram que estava esgotado, como também consegui um outro que vai me ajudar bastante, além de ser interessantíssimo! Sou apaixonada por televisão e pela história da televisão e, obviamente, pela Argentina! E achei um livro que enquadra tudo isso numa linguagem bem informal.



Baixa qualidade por causa do celular, desculpem :(

Fui de ônibus, mas não tinha crédito pra voltar. Qual seria o óbvio? Ou carregar o cartão ou pegar um táxi. Resolvi andar umas quadras e pegar um táxi no meio do caminho. Acontece que a caminhada foi tão tranquila e tão boa, que deixei o táxi pra lá e voltei andando até o hostel. Aproveitei pra passar no mercado e comprar umas coisitchas pra comer e, principalmente, ÁGUA! Muita gente esquece, mas água é uma coisa fundamental não apenas nas viagens mas também no dia-a-dia. Tenha uma garrafinha na bolsa e uma no quarto.


Pequeno trajeto que fiz. Leva cerca de 50 minutos andando, segundo o Como Llego

O verdadeiro cansaço eu só vou sentir amanhã, até porque quando cheguei a Tania pediu pra que carregasse o SUBE dela, porque ela sai tarde daqui e quase não encontra coisas abertas. Andei quase as sete quadras até a Avenida Sta. Fe pra, umas duas quadras antes de chegar nela, de fato, achar um kiosco com uma máquina. Buenos Aires é uma cidade linda, mas perigosa como toda cidade grande; como eu só ia carregar o cartão pra ela, não me preocupei em levar qualquer coisa além do que o cartão e o dinheiro necessário pra carregá-lo.

Fui surpreendida mais uma vez, quando pedi pra Tania, a menina da recepção, dica de lugares com empanadas gostosas e, além de me falar de alguns restaurantes, ela me mostrou vários folhetos e disse que eu poderia pedir. Ela disse que, geralmente, os lugares aceitavam pedidos com no mínimo quatro ou cinco empanadas, mas que aí ela dividia o pedido comigo e pedia umas pra que eu não ficasse sem. As que tinham perto da casa do Germano ainda eram melhores, mas a de carne que comi hoje é, sem dúvidas, uma das melhores (senão a melhor) que já comi na vida! E sem taxa de entrega, hahaha.

Terça é feriado aqui em Buenos Aires, então vou aproveitar pra amanhã encontrar umas amigas e, talvez, gravar algumas entrevistas mais. Tem sido uma experiência incrível em muitos sentidos e, apesar das coisas que dão e deram errado, me sinto muito feliz outra vez e extremamente grata. Tudo acontece por um motivo, né?

Un beso, chicos.
Cuidense!

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