sábado, 21 de março de 2015

Diário de Viagem: BUENOS AIRES - dia 2

            Cheguei tão cansada ontem, que foi tempo de jantar, colocar o computador pra carregar e capotar.
            Por acaso, as duas meninas que estavam no meu quarto no hostel eram brasileiras, que também viajavam sozinhas. Infelizmente, foi tempo de conversar com elas no café da manhã e fazer minha mudança pra casa do Germano, já que o check-out do hostel era às 11h. Aliás, pra quem já veio a Buenos Aires, sabe bem que o café da manhã dos hotéis não tem nada de especial... Em geral, eles têm dois tipos de cereal, medias lunas, manteiga, dulce de leche, geleia, requeijão, chá, um ou dois tipos de suco, café e leite, obviamente, e pouquíssimas frutas. Se você vem pra Buenos Aires e espera aquela fartura no café da manhã, prepare-se psicologicamente pra não se desapontar na hora.
            O do hostel era simples, obviamente, mas muito gostoso. E na parte da manhã ficam umas moças preparando algumas coisas para os viajantes, como ovos mexidos. A cama também era extremamente gostosa e confortável (saudades desde já), apesar do quarto ser bem pequenininho e deu pra sobreviver ao calor que fez à noite, só não sei dizer se é uma boa ideia no meio do verão, já que o quarto tem ventilador de teto e não ar condicionado. E acreditem quando digo que faz muito calor no verão!
            Um dos pontos negativos do quarto é que ele fica na frente do prédio. O barulho da rua não me incomoda tanto, até porque eu moro perto de uma rua movimentada em São Paulo e, bom, já morei em um prédio que dava pra uma escola de samba. Eu sei o que é dormir com barulho! No caso do hostel, o grande problema mesmo era todo vez que alguém entrava ou saía. Pra entrar na recepção, tem duas portas extremamente pesadas e, aparentemente, é mais fácil deixa-las bater quando passam. Aos que vão viajar sozinhos, recomendo fortemente que levem protetores de ouvido ou coisa do tipo, afinal, você nunca sabe quando vai precisar. (Lições do JUCA!)
            Fomos almoçar quase 15h, e senti um pouco esse negócio de inflação quando o Germano me contou que, na semana passada um pacote de batatas fritas custava 31 pesos e, esta semana, a etiqueta marcava 53 pesos.
            À tarde fui encontrar uma amiga daqui que é babá em uma casa muito perto da que estou. Fiquei no final de tarde e parte da noite com ela e a família para qual ela trabalha é muito legal e divertida. Foi legal ter esse contato com argentinos sem nenhum brasileiro por perto pra me ajudar quando eu começava a gaguejar ou não conseguia falar alguma coisa. Aprendi palavras que não conhecia e percebi que consigo entender bem mais do que eu achava (ponto pra mim!). Também conversei um pouco com a Carito, minha amiga, sobre a segurança aqui e fiquei um pouco chateada. É claro que vivendo em São Paulo, estou acostumada a andar na rua sem mexer no celular e tomar cuidado pra atender uma ligação na Paulista, por exemplo. Ou que certos lugares não são recomendados para andar sozinha à noite ou até mesmo durante o dia. Mas eu to tão cansada de ter que andar com medo do metrô até a minha casa (isso leva uns 10 minutos) e o mínimo que a gente espera quando sai do nosso país é que as coisas sejam diferentes.
            Bom, não necessariamente são.
            Passei um tempo lá com ela, justamente porque o Germano tinha aula à noite. E pediu pra que eu comprasse empanadas antes que eles chegassem. Se tem uma coisa que eu sinto falta quando não to aqui são as empanadas! Em São Paulo tem um bar que é o que chega mais próximo das empanadas argentinas, mas dele eu conto um outro dia. Esqueci de mencionar que, embora os canais de TV estivessem mencionando 28ºC, na temperatura, na rua havia um tufão se formando e um frio de uns 20ºC, facilmente.
Os meninos daqui foram numa balada, mas o cansaço era tão grande que, como eu disse, foi tempo de eles saírem e eu capotar.
Hoje o dia tá bem frio e eu ainda não saí. To aproveitando pra escrever um pouco e brincar com a Sofía, a cachorra que mora aqui e entende português e espanhol, hahah.
Uma dica útil pra quem pensa em vir a Buenos Aires: as tomadas aqui têm um padrão próprio! Alguns hotéis emprestam adaptadores, mas no hostel não tinha nenhum que aceitava o padrão de tomadas novo do Brasil pra eu ligar meu computador, então acabei comprando uma. Não sou muito organizada com dinheiro e acabei esquecendo quando gastei, mas em todo caso, certifique-se de trazer um adaptador universal (universal mesmo!!!!) ou procurar uma loja de ferramentas que venda.
Hoje ainda devo sair e volto pra contar se aconteceu algo interessante. Palermo é um bairro lindo e, aparentemente, seguro (pelo menos durante dia, na pior das hipóteses to perto de uma delegacia hahaha). E a arquitetura daqui é maravilhosa, só to meio preguiçosa pra sair, mesmo.

Un beso, chicos.

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