quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

"O Lustre" (Making of)

Eu sempre tenho vontade de voltar com um blog, mas pra me dedicar de verdade, fazer textos de verdade, e não como quando eu tinha 12 anos. Esses dias eu to com um sério problema de não conseguir dormir e aí tive um flash de ter posts no Bia não sabia. Sou tiete do blog do Tito Ferradans, do AV, e no outro dia ele disse que não conseguia separar em dois blogs e parte profissional e a pessoal. Eu acho que até consigo, mas vou descobrir aos poucos como fazer.



O curta O Lustre foi um dos nossos maiores desafios este ano. A gente não tem aula de câmera, o mais próximo que tivemos foi um mini workshop com umas dez pessoas pra uma câmera. Ou seja... Além disso, foi só com a handcam, consequentemente, o curta foi rodado usando ela. Outro motivo, foi que éramos um grupo só de meninas e não tinha como operar aqueles trambolhos. Dava pra ter feito com a fotográfica mesmo, mas só tive essa ideia agora. Ainda assim, a Amanda Freitas, nossa responsável pela captação, me surpreendeu e de um jeito muito bom, de verdade.


Eu entrei em Rádio e TV porque eu gosto de roteiro. Meu negócio é escrever, é contar histórias, desde pequena. No meu grupo, ninguém sabe nada de edição e eu acabei tendo minha primeira aventura no FinalCut, com a ajuda do Giovanni Sandes. Sendo assim, assinei roteiro, direção, montagem e iluminação, com ajuda do Henrique Nogueira, que tinha me dado umas instruções antes.

A trilha sonora foi escolhida com a Cecilia Safronov, enquanto deveríamos estar fazendo um trabalho de decupagem pra matéria de Elementos da Linguagem Audiovisual (Cinema), e no fim, tive que acabar trocando algumas músicas porque elas não encaixavam, fosse no tempo ou no contexto. A única coisa que eu discordo na trilha é a da panorâmica e da primeira cena serem diferentes, por mim teria sido uma só.

A direção de arte foi assinada pela Mariane Pessoni com ajuda da Cecilia Safronov e da Tetê Andriolli. Conversando com a minha professora, esta semana, ela disse que gostou da direção de arte, principalmente das rosas na cama, mas não tinha entendido as taças cruzadas sobre ela. Na verdade, acho que nem a gente.


A sonoplastia foi dividida entre a Tetê, a Cecilia e a Mariane. Tendo alguns problemas ao longo da diária que eu só pude perceber na montagem.

A diária começou às 5h da manhã, comigo ligando para acordar todas as envolvidas e tendo a surpresa de elas já estarem de pé. Tudo foi gravado no prédio da Tetê. A atriz chegou por volta das 8h e foi minha grande surpresa. No casting ela tinha sido a melhorzinha, ficamos em dúvida entre ela e uma outra, mas o perfil combinava mais com ela. No dia da gravação ela nos surpreendeu e saiu melhor que o esperado. O ator chegou depois do almoço e gravou com a gente até umas 19h. Tivemos pequenos imprevistos, como atrasos em algumas cenas e quase queimar as luzes da faculdade. Meu pai foi voluntário pro papel do delegado, chegando no almoço e só gravando às 20h. Ele já falou que essa foi a primeira e última experiência dele enquanto ator.

Uns dias antes, eu tinha gravado uma externa com a Tetê, que deveria ser passado em uma televisão, é a notícia de que Maurício tinha sido assassinado, assim que Isabella acorda. Houve um problema na hora de gravar a mídia e acabei inserindo apenas o áudio. A Cecilia também atuou, aparecendo na última cena, como a enfermeira.

O curta foi gravado em apenas uma diária, acabando em torno das 21h. Para ele foi utilizado apenas uma câmera e duas luzes que eram alternadas. A edição foi feita em alguns dias e nem cheguei perto de começar a editar o making of. Nossas maiores dificuldades na realização foram som, iluminação, administração do tempo e, ainda que poucas coisas, elenco.

Uma das críticas que eu recebi da minha professora, foi que tem muitas cenas que são compridas demais e não fazem tanto sentido. Expliquei pra ela que a Isabella não pode sair da delegacia e aparecer dentro do quarto, assim como o delegado não podia chegar pra ela, simplesmente, e contar que o marido poderia assassiná-la. Muitas cenas são de transição. Como o curta tem poucas falas, aproveitamos pra usar trilha sonora em todas as cenas.

O resultado me deixou satisfeita, considerando que estamos no primeiro ano e não tivemos aulas específicas de produção, montagem, áudio e direção, principalmente direção de atores, nos saímos bem. O curta não chegou nem a ser finalista do Prêmio Casperito, mas pelo menos me deixa até que orgulhosa dele.

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